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Depoimentos

Nome: André Avancini Bernardes

Instituição: Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal

Período: Setembro/2012 - Julho/2013

"Me chamo André Avancini Bernardes, estudante de engenharia de Materias na EEL USP e fui bolsista Ciência sem Fronteiras em Lisboa, Portugal, como intercambista no Instituto Superior Técnico de setembro de 2012 a julho de 2013.

Ao chegar em Portugal, a primeira impressão que tive foi de ser bem recebido, não de forma calorosa, porém de forma educada e hospitaleira. Como pude verificar depois, esta primeira impressão estava correta, pois nem eu, nem outros brasileiros com quem tive contato, relataram algum tipo de problema quanto ao convívio com os portugueses.

A respeito das experiências em um país estrangeiro, principalmente europeu, é importante ressaltar a interculturalidade existente neste continente. O intercâmbio de estudantes de nível superior na Europa é muito comum (conhecidos como Erasmus), de forma que a interação com pessoas de diferentes países dentro e fora da universidade é algo cotidiano e faz parte do dia a dia, o que facilita a adaptação, pois conviver com pessoas da mesma faixa etária que estão passando por situações muito similares às nossas é uma excelente maneira de criar laços de amizade. Outros fatores que facilitaram o meu processo de adaptação em Portugal foi a facilidade em se comunicar através do língua portuguesa, além da presença de muitos outros estudantes brasileiros no país durante o período que eu estive na universidade. Um dos fatores que mais me ajudaram a superar qualquer dificuldade em Lisboa foi o acompanhamento constante dos funcionários do escritório de mobilidade do Instituto Superior Técnico, que nunca faltaram com profissionalismo ou respeito, estando sempre dispostos a nos ajudar com dúvidas referentes tanto à universidade quanto à vida em Portugal. Todo esse profissionalismo é um reflexo da qualidade e grandeza do Instituto Superior Técnico, uma instituição de ponta em Portugal e um tradicional centro de referência em engenharia no país. Com certeza, uma excelente escolha para quem deseja se desenvolver academicamente e profissionalmente, principalmente na área de pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovação.

Quanto ao país, lá existem inúmeras possibilidades de pontos turísticos para quem deseja conhecer suas paisagens, costumes e tradições. Por ser um país relativamente pequeno para os padrões brasileiros, a locomoção é fácil e rápida, sendo possível conhecer muitos locais diferentes em apenas um final de semana. Finalmente, considero Portugal um país de tradições ricas, pessoas dispostas a nos ensinar e a aprender conosco, e com excelentes instituições de ensino para nós, intercambistas."

 


Nome: Bruno Augusto Moreira Ribeiro 

Instituição: Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal

Período: -

“Eu fui para Lisboa, Portugal, estudar um ano no Instituto Superior Técnico (IST). Lá estudei o curdo de Mestrado Integrado em Engenharia Química, com a bolsa do CsF.

A experiência que tive em Lisboa foi sensacional, foi uma experiência única. No começo tive bastante dificuldade em adaptar com a cultura local, mas depois que me adaptei, adorei ter ficado lá!! Amei a culinária portuguesa, para ter uma noção, em 6 meses, consegui engordar 8 kilos.

Com relação a faculdade, tive bastante dificuldade em adaptar com sistema de lá. Tive que estudar bastante para conseguir acompanhar tudo. O IST é a melhor faculdade de engenharia de Portugal, o ensino lá é bastante pesado, porém conseguir acompanhar e absorver bastante conhecimento. Também tive participação em projeto de pesquisa. Trabalhei com pessoas maravilhosas que tenho contato até hoje.

Eu diria que foi a melhor época da minha vida!! E com certeza, no futuro próximo, voltarei para Lisboa!! No ano que passei lá, tive um crescimento, tanto profissional como pessoal, maior que tive na minha vida inteira!!

Vale muito viver essa experiência!!!!!”

 


Nome: Camila Ribeiro Caetano

Instituição: Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal

Período: Fevereiro/2012 - Fevereiro/2013

“Sempre tive interesse de estudar fora do Brasil, e a escolha pela Universidade de Aveiro, em Portugal, foi devido ao Diploma de Qualidade Européia (EUR-ACE) atribuido ao meu curso (Engenharia Química). A Universidade de Aveiro recebe alunos de diversos lugares do mundo, então, a maioria das aulas eram lecionadas em inglês. Apesar de estar em Portugal, tive grande contato com a língua inglesa, tanto pelas aulas, como pela interação com os outros intercambiários.

A experiência do intercâmbio é única! Conhecer outros países, costumes, conviver com pessoas de diferentes cantos do mundo, estudar em uma universidade com uma ótima infraestrutura, aprender novas formas de pensar. Tudo isso enriquece a formação pessoal e a profissional. E ainda, trouxe grandes amizades comigo.

A adaptação não foi muito difícil, pois Portugal apresenta muitas características semelhantes ao Brasil e ainda há uma comunidade de intercambiários que sempre procuravam se reunir e passar as horas vagas juntos. O que realmente faz falta são os amigos que ficam no Brasil e a família.

Com certeza, a oportunidade oferecida pelo programa Ciência sem Fronteiras foi a maior e melhor experiência que tive na minha vida!

 


Nome: Érica Santos Poggi

Instituição: Michigan Technological University, Michigan, EUA

Estágio (Academic Training): DuPont

Período: Agosto/2012 - Agosto/2013

“Participar do ‘Ciências sem Fronteiras’ e nos USA, foi uma experiência única e maravilhosa.

Eu tive muita sorte de ter ido em Agosto pra lá. O ano letivo deles começa em Agosto e minha vida foi muito mais fácil por causa disso, comparado aos alunos que chegaram em Janeiro. Eu pude escolher o alojamento e o tipo de quarto pra ficar (tinha mais opções em Agosto), teve várias atividades para apresentar o Campus, mostrar um pouco a cultura deles para estudantes internacionais e foi mais fácil de conhecer pessoas e até de sair a noite. Como em Agosto é Verão pra eles e Michigan é um Estado muito frio (uns -20 °C por 6 meses), ter chegado em Agosto foi muito melhor pra conhecer a cidade e o pessoal, além  de diminuir o impacto da adaptação no novo país.

A Universidade em si era boa. O que chamou mais atenção foi o uso de Softwares aplicados em Engenharia Química e Bioquímica (Aspen e SuperPro Design, por exemplo) e todas as aulas que eu cursei tinham um projeto em grupo e apresentação. Além disso, os laboratórios eram muito bem estruturados, principalmente o de Fenômeno de Transporte – parecia que você estava dentro da indústria e os projetos envolvidos eram muito próximos do ambiente industrial.
Pontos ruins da Universidade eram o refeitório e o frio. A comida e o frio foram as piores partes quanto a adaptação, mas isso foi uma questão interna da universidade e da cidade onde ela ficava.

Vale ressaltar que a grade de Engenharia deles é muito curta. Eles têm poucas matérias e o tempo pode ser aproveitado participando de organizações. Eles têm várias organizações no Campus e participar delas é uma ótima maneira de fazer amigos americanos além de desenvolver o trabalho em grupo e melhorar o inglês. É muito comum o pessoal do CsF se unir e ficar mais amigo, fazer mais coisas juntos, mas tem que tomar cuidado pra não ficar só com eles, se a sua intenção for conhecer a cultura e praticar o inglês. Eu participei de duas organizações e fiz amigos que me mostraram melhor como são os costumes deles, o que eles cozinham, as festas, jogos, além de ajudarem muito no inglês.

A faculdade foi muito legal, mas a melhor parte foi o estágio na DuPont em Delaware. Eu tive contato com dois softwares muito utilizados na indústria química, além de ter experiência profissional internacional. O único pesar é que o estágio eram apenas 3 meses – no Verão. Tive contato com muitos experts responsáveis por várias patentes e fui extremamente bem tratada pelo pessoal da empresa. Eles foram muito, muito acolhedores, atenciosos e trataram todos os estagiários CsF muito bem, as vezes até mehor do que tratavam os americanos. Chamavam pra passear de barco, levavam a restaurantes, na casa deles, te tratavam como amigos - e eu não estou exagerando.

Eu aconselho muito escolher os USA como país de destino. O país é ótimo, o ensino é excelente, as coisas são relativamente baratas, os americanos são legais (maioria), eles só levam um tempo maior pra te aceitar no grupo deles. Outro ponto positivo do país é que há muitas oportunidades, mas só depende do aluno saber como aproveitá-las.”

 


Nome: Guilherme Escarabelin Molinero

Instituição: Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal

Período: -

“A experiência de intercâmbio oferecido pelo ‘Ciências Sem Fronteiras’ foi grandiosa, acrescentou muito em minha vida e formação acadêmica estudar em uma universidade fora do Brasil.

Não possuía a dimensão do quão valiosa seria esta vivência internacional, o que de fato mudou  a forma de pensar e lidar com pessoas de outras culturas. Juntamente com as conquistas e os problemas que encontrei até o fim do intercâmbio, amadureci e criei um caráter mais humano para respeitar as diferenças e fazer ser respeitado.

O ensino e a infraestrutura da Universidade de Aveiro são excelentes, pude ver outra forma de ensino e avaliação no ensino superior. “Além de cursar disciplinas também pude participar de um projeto acadêmico em uma área de pesquisa de meu interesse, tornando esta estadia por Portugal ainda mais proveitosa para meu futuro.”

 


Nome: Guilherme Frank de Souza

Instituição: Instituto Técnico Superior, Lisboa, Portugal

Período: Início 2012 - Início 2013

“Meu nome é Guilherme Frank de Souza, sou estudante na Escola de Engenharia de Lorena (EEL – USP) do curso de Engenharia Química. Fiz intercâmbio ao abrigo do Programa Ciência Sem Fronteiras para Lisboa, Portugal, no início de 2012, retornando ao Brasil no início de 2013.

Em Lisboa estudei no Instituto Superior Técnico, frequentando o mesmo curso que atendo aqui no Brasil com aulas somente em inglês, durante o primeiro semestre de 2012, e realizei estágio em laboratório da mesma universidade, utilizando inglês com alguns colegas, no segundo semestre desse mesmo ano.

Portugal é um país maravilhoso. Lisboa especificamente oferece ao morador excelentes oportunidades de compras, de diversão diurna e noturna, muitas opções de serviços e atendimentos ao consumidor pela cidade, excelente sistema de transporte o qual inclui trens, metrôs, ônibus, ônibus elétricos, bondes elétricos e táxis. Portugal de uma forma geral possui um dos menores custos de vida da Europa, principalmente em termos de alimentação, vestuários e bebidas.

Por ser um país europeu, embora sua língua nativa seja a portuguesa assim como no Brasil, são oferecidas inúmeras oportunidades do intercambista praticar seu inglês assim como outras línguas, devido ao acúmulo de estrangeiros no país, principalmente alunos Erasmus que como o intercambista e estudante brasileiro saem de seus países de origem, como por exemplo, Polônia, Itália, Espanha e Turquia para estudar em universidades lisboetas.  Sendo o inglês a língua de comunicação internacional, existem no Instituto Superior Técnico aulas em inglês para que alunos de diferentes nacionalidades possam participar das aulas ministradas, e essa se faz uma grande oportunidade para o intercambista brasileiro aprender as disciplinas referentes ao seu curso assim como praticar o seu inglês durante as aulas e estudos.

A adaptação consiste basicamente na alimentação, moradia, e língua. A primeira, pois a alimentação deles consiste bastante em frutos do mar, fugindo do nosso tradicional arroz e feijão; por outro lado Lisboa oferece restaurantes e lanchonetes com comidas brasileiras. Quanto à moradia, o aluno deve estar atento se a universidade proporciona alojamento, há casos que sim e há casos que não. Se o caso for negativo se faz necessário procurar casas para alugar quartos, uma vez que se faz necessário ter moradia para se tirar o visto. Contudo se em último caso não tiver moradia, existem casos em que alunos dão o endereço de Hostels (albergues) e procuraram alojamento somente quando chegaram na cidade, mas como disse isso deve ser feito somente em caso de emergência, uma vez que no processo de adaptação se faz necessária a retirada de documentos locais, inserção na faculdade, frequência nas aulas entre outros detalhes que já ocupam boa parte do tempo tornando a busca de um quarto a alugar um problema a mais. Por fim: a língua, muitas pessoas não só nas aulas, mas também em sua moradia utilizam o inglês. Isso porque como já dito anteriormente muitos estudantes de diferentes países vão estudar em Lisboa, e como o aluno acabam por alugar quartos ou ficar em alojamentos, se comunicando através da língua inglesa durante a convivência.

O Intercâmbio foi extremamente marcante em minha vida. Portugal em si é um país belíssimo, tem lugares espetaculares a se visitar. A universidade, IST, é muito bem conceituada. A oportunidade de compartilhar e aprender culturas é muito válida, assim como fazer novas amizades e praticar o inglês.”

 


Nome: Isnaldi Rodrigues de Souza Filho

Instituição: Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal

Período: -

“A realização de intercâmbio através do programa ‘Ciência sem Fronteiras’, definitivamente, impactou de forma positiva minha vida pessoal e profissional. O fato de ter podido conviver com pessoas de diversas culturas proporcionou-me a troca de experiências de vida e a obtenção de valores e pontos de vistas diferentes. Além do mais, o fato de morar em outro país durante o perído de um ano requereu várias decisões rápidas, precisas e de alta responsabilidade. Muitas das vezes essas eram corriqueiras e tinham de ser tomadas contando com “agravantes” relacionados à cultura, clima, entre tantos outros que eram superados a cada novo dia de experiência em Portugal. A qualidade de vida em um país de primeiro mundo é um exemplo a ser seguido e isso favoreceu a sobrevivência lá devido às facilidades com relação a transporte público, segurança e disponibilidade tecnológica.

Portugal é um país fantástico e repleto de belezas naturais tais como as praias do extremo oeste europeu e belas reservas florestais no norte. Por ser um país de extensão territorial relativamente pequena e possuir uma organizada linha férrea é fácil e rápido se locomover por lá e conferir alguns de seus pontos turísticos mais importantes sendo eles ou os naturais, ou os patrimônios históricos: castelos, igrejas, universidades... Em cada parte de Portugal é possível respirar história e cultura, muitas delas até relacionadas com o próprio Brasil. Além do mais, viajar pela Europa é relativamente barato e existem vários meios de transporte que viabilizam viagens baratas e seguras. Vale à pena administrar a bolsa com responsabilidade e viajar durante as férias para vários países. No meu caso, nos dois meses e meio que tive de tempo livre conheci 15 países diferentes em viagens do estilo “mochilão”, além de conhecer várias regiões de Portugal.

No quesito profissional, através dessa bolsa cursei disciplinas referentes a um curso de especialização em Engenharia Cerâmica e obtive um diploma de pós-graduação na Universidade de Aveiro (Portugal) e reconhecido em toda a União Europeia, além disso, desenvolvi um estágio extracurricular numa área promissora de Engenharia de Materiais, trabalhando com nanopartículas. Ao cursar disciplinas no exterior me envolvi com métodos de ensino e avaliação diferentes daqueles existentes no Brasil e tive contato com tecnologias e metodologias de pesquisa, até então, novas para mim. A Universidade de Aveiro é uma instituição de extrema qualidade seja no ensino, seja na pesquisa. Com uma ampla estrutura os alunos têm todo o suporte necessário para desenvolver-se profissionalmente, pois o ensino é muito didático e interativo e a pesquisa é suprida com equipamentos de altíssima tecnologia que culmina em trabalhos de muita qualidade e novas descobertas na área científica. Na própria universidade ainda é possível fazer cursos de línguas europeias como português, inglês, alemão, francês, italiano e línguas não europeias como o chinês. Existe uma grande facilidade de se aprender idiomas na Universidade de Aveiro e em Portugal de um modo geral. Grande parte da população portuguesa fala inglês como uma segunda língua e não é difícil encontrar pessoas que dominam três ou quatro idiomas diferentes. Isso porque educação é prioridade em países europeus e a comunicação com o restante da Europa deve ser mantida.

Portanto, posso dizer que sou uma pessoa mais experiente pessoalmente e mais competente profissionalmente devido aos importantes conhecimentos que obtive e às diversas situações que vivi em Portugal e no restante da Europa.”


Nome: Giovani Santana Silva

Instituição: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Porto, Portugal

Período: -

"Depois de saber que eu havia sido selecionado para a bolsa e de dar uns pulos de alegria por isso, comecei a planejar minha vida no Porto. Passei a visitar com frequência o site da universidade, me informando sobre as disciplinas que eu cursaria, sobre os projetos de pesquisa da faculdade e sobre as atividades culturais desenvolvidas pelos alunos.

Mala feita, passagens compradas, apartamento alugado, tudo pronto, hora de partir.

Na chegada em Portugal, fui muito bem recebido. No aeroporto, João, o responsável pelo apartamento que eu havia alugado com mais dois brasileiros, estava à nossa espera. Ele nos mostrou um pouco da cidade, da ribeira, do mar, e depois nos levou pra casa. No dia seguinte, ele me levou para conhecer a faculdade de engenharia (FEUP). O prédio é recente, foi inaugurado em 2010. É grande, moderno e bem organizado. Gostei muito das salas de aula, da biblioteca, da cantina. Gostei de tudo.

Na FEUP a recepção foi surpreendente. Nós, alunos estrangeiros, fomos reunidos numa sala, onde assistimos a uma apresentação (em português e inglês) feita pelos responsáveis da mobilidade estudantil. Fomos informados sobre o número de alunos estrangeiros que a FEUP recebe anualmente (com destaque para os brasileiros), sobre a infraestrutura da instituição e dos departamentos e sobre onde procurar ajuda para sanar as dúvidas a respeito da vida acadêmica. Em seguida, tomamos um café, sendo que vários alunos levaram pratos típicos dos seus países. Depois, assistimos a uma apresentação da tuna da FEUP, que cantou fados típicos, seguindo uma antiga tradição de Portugal, num estilo clássico e rústico. Dias depois, as aulas começaram...

No primeiro dia, conheci uma portuguesa muito simpática, a Kika (Francisca), que vendo que eu era estrangeiro, logo puxou conversa. Ela adorou saber que eu era brasileiro e o mais interessante foi que ela iria tentar intercâmbio para o Brasil. Conseguiu, inclusive. Agora ela está aproveitando as praias de Florianópolis! Depois conheci a Carlota, que como diriam os portugueses, é uma gaja altamente. A Carlota é muito extrovertida e adora baladas e a natureza.

No ir e vir das aulas conheci vários outros portugueses. A partir de então, fizemos jantares na casa da Liliana, saímos para festas, fizemos trabalhos juntos. As meninas até foram na festa de aniversário que eu fiz em casa. Dávamos muitas risadas nas aulas, comíamos juntos na cantina. Era muito divertido. O Fábio e o Artur perguntavam muito sobre o Brasil, sobre as praias e sobre as brasileiras. Ou seja, embora os portugueses sejam mais retraídos que nós, eles fazem muitas amizades. Às vezes, eles são imparciais e têm um jeito ríspido de falar. Mas isso é próprio deles, é cultura.

O meu maior contato com portugueses foi na faculdade mesmo. No dia a dia, eu quase não via os vizinhos. O lugar onde eu morava era bastante calmo, com pouco movimento. Mas tinha tudo perto: supermercado, farmácia, lojas de bugigangas.

Também tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários outros países: Finlândia, Romênia, Inglaterra, Espanha. Eu fazia parte de uma rede de estudantes chamada Erasmus. Assim, eu não pagava para entrar nas festas promovidas pelo grupo e assim conheci várias pessoas, inclusive brasileiros.

Para economizar, eu ia para a faculdade de bicicleta. Era assim também que eu ia aos concertos que eram promovidos pela própria FEUP aos finais de semana e ia também para um barzinho bastante conhecido no Porto, o Piolho, onde os estudantes sempre se reuniam antes de ir para as festas.

Na faculdade, os professores eram muito bons, especialistas nas disciplinas lecionadas. Eu gostei bastante de um trabalho que eu fiz na matéria de Engenharia das Reações II, porque eu aprendi muito trocando informações com os parceiros de equipe. Foi um crescimento e tanto. O mesmo aconteceu na matéria de petroquímica, na qual eu conheci uma portuguesa que fazia bioquímica, a Andreia. Reuníamos em casa, junto com um colega cabo verdiano para ouvir música, comer e fazer trabalhos. Era bastante divertido.

Tive experiências incríveis, conheci pessoas muito diferentes, estudei numa faculdade de referência em Portugal. Ou seja, foi tudo muito bom. Não consigo me lembrar de maus momentos no Porto. A cidade é linda, cheia de gaivotas, de construções antiquíssimas, de comidas tradicionais, cheia de cultura.

Eu gostaria de agradecer ao banco Santander pela oportunidade. Foi muito importante viver tudo isso. Agora eu sinto que cresci como ser humano, como pessoa. Cresci também como estudante, porque vi o quanto nós precisamos melhorar em relação à dedicação aos estudos, ao comprometimento com as nossas responsabilidades. Cresci porque tive que ficar longe da família, resolvendo os próprios problemas, se virando para arrumar a casa e pagar as contas. Mas eu faria tudo de novo. Com certeza. Obrigado!"


Nome: Sandro Galisteu Luiz

Instituição: Universidade Politécnica de Madrid, Madri, Espanha

Período: 5 meses

"Fiz 5 meses de intercâmbio pelo Programa de Mobilidade Santander. Para conseguir uma vaga, foi necessário manter bom desempenho na universidade, comprovar proficiência na língua do país de destino e um plano de estudos. 

Meu destino foi a cidade de Madrid, na Espanha. Não tive muitos problemas no primeiro contato, os espanhóis são em geral bastante simpáticos e receptivos. A Espanha tem locais espetaculares, clima bastante variado entre as épocas mais quentes e mais frias e não é difícil encontrar comidas "amistosas" ao paladar brasileiro.

A princípio fiquei em um hostel, o Hostel One. É uma experiência fantástica! Se possível ficaria a viagem toda lá. Os anfitriões são argentinos, muito amistosos e divertidos. O clima da casa é ótimo, assim como as acomodações e localização. Depois consegui uma vaga em uma república em um bairro um pouco mais distante, mas o preço valia muito a pena, tanto porque a cidade possui uma rede de metrô muito boa e oferece passe estudantil ilimitado. A universidade não oferecia alojamento.

A Universidade Politécnica de Madrid não tinha graduação em Engenharia de Materiais no ano em que viajei, portanto cursei as disciplinas junto com a pós-graduação. O nível das aulas é muito similar ao padrão da USP, incluindo as variações de regulares a muito boas. Alguns professores foram muito solícitos e estavam sempre preocupados se os intercambistas estavam absorvendo o conteúdo da aula, mas nem todos se dispuseram a isso.

O primeiro contato com a língua estrangeira foi um pouco difícil, pois a forma como os nativos falam é bastante diferente da apresentada nos cursos de línguas. Entretanto, ao fim do primeiro mês eu já estava mais familiarizado.

É importante o estudante se antecipar bastante na obtenção do visto e passaporte, pois é fácil topar com um contratempo. O planejamento de viagens (incluindo as viagens pelo país/continente de destino) também deve ser feito de prévia para aproveitar as ofertas de passagem.

Qualquer que seja o destino, sempre haverá um brasileiro por lá. É muito bom fazer amizades com outros intercambistas, mas conviver o tempo todo com conterrâneos em um intercâmbio pode boicotar o aprendizado da língua local."


Nome: Laura Adami Marangoni

Instituição: Universidade do Porto, Porto, Portugal

Período: Agosto/2013 - Fevereiro/2014

"Fazer um intercâmbio acadêmico era o meu objetivo desde que iniciei a graduação. Como não queria ficar um ano, optei por tentar a bolsa Mérito Acadêmico que proporcionava a estadia por seis meses no país de destino. Escolhi Portugal, e através de pesquisas sobre qual universidade estudar, acabei optando pela Universidade do Porto, um centro de ensino muito forte na área de engenharia.

Do ponto de vista Acadêmico, a estadia em Portugal trouxe muitos benefícios, pois foi possível conhecer novos e diferenciados métodos de ensino, contando com aulas em laboratórios muito bem equipados com instrumentos de alta tecnologia.

Já do ponto de vista da vivência em outro país, o intercâmbio contribuiu consideravelmente para o crescimento pessoal. O contato com pessoas de culturas diferentes e a necessidade de adaptação proporcionaram um amadurecimento muito grande, o que permitiu o desenvolvimento de competências anteriormente desconhecidas.

Porto é uma cidade incrível. A facilidade dos meios de transporte, o baixo custo de vida para padrões europeus, o idioma e a beleza da cidade fazem com que a adaptação ocorra em questão de dias. Além disso, a cidade conta com uma boa estrutura para receber intercambistas devido ao fato de que muitos estudantes europeus escolhem Porto como destino.

Os objetivos foram atingidos com muito sucesso, isso sem contar com o enriquecimento cultural proporcionado pela vivência em um país com costumes diferenciados. É, sem dúvidas, uma experiência única e transformadora, que fará a diferença tanto na continuidade da graduação como na futura vida profissional. "


Nome: Taline Marciano da Silva

Instituição: University of Strathclyde, Glasgow, Escócia

Período: 12 meses

"O destino do meu intercâmbio foi a cidade de Glasgow, Escócia. Vivi um ano lá com auxílio da bolsa Ciência sem Fronteiras. Meu destino foi pouco comum, por isso, decidi me dedicar a conhecer bem o país onde estava, viajei muito pelas pequenas cidades e vilarejos escoceses, conheci os inúmeros lagos, ruínas de castelos, ilhas, cachoeiras, ouvi cada história e lenda que o país guarda.

Por nove meses estudei Engenharia Química na University of Strathclyde. É uma excelente universidade na área de engenharia e business. Em 2013, recebeu o prêmio de melhor universidade do Reino Unido. Nos três últimos meses fiz um projeto de pesquisa na área de desenvolvimento de materiais ainda dentro da universidade.

A minha turma foi a primeira a chegar pelo Ciência sem Fronteiras, e a universidade estava muito bem preparada para nos receber. Tivemos muito apoio durante todo o ano do setor internacional e dos professores que nos davam aula.

A universidade oferecia muitas atividades e sempre dava enfoque para que os alunos estrangeiros participassem. Entre essas atividades, havia feiras de profissão, eventos para confraternização, esportes, viagens, etc.

Minha maior dificuldade foi com a língua. Os escoceses tem um sotaque muito forte e diferente, mas em três meses eu já conseguia me comunicar muito bem e entendê-los. Essa dificuldade era maior nas ruas ou com colegas de sala. Os professores tinham um sotaque mais fácil de entender.

No geral, a adaptação foi muito fácil. Os escoceses são pessoas extremamente doces e dispostas a ajudar. Se você está perdido na rua e pede ajuda, a pessoa á capaz de mudar o caminho para te levar até seu destino. Além disso, a cidade de Glasgow é lindíssima. É uma mistura de modernidade e antiguidade. Há vários parques, museus, pubs, bares de música ao vivo, clubs, ruas de comércio. A cidade acolhe pessoas com todos os gostos."


Nome: Luciana Costa dos Reis Cruz

Instituição: Universidad de Guadalajara, México

Período: -

"Minha primeira viagem de intercâmbio foi para a Universidad de Guadalajara, México, durante o meu curso de Engenharia Bioquímica em 2009. Ganhei uma bolsa da própria Univ de Guadalajara pelo programa de mobilidade do CCint. Escolhi o México porque sempre amei este país desde pequena, sua cultura, tradições, o idioma espanhol.

Aprendi espanhol escutando músicas das novelas mexicanas. Foi até difícil provar minha proficiência no espanhol, pois nunca havia estudado em escola de idiomas. Fiz entrevista e prova escrita em espanhol no CCint e ganhei a bolsa. Foi difícil conseguir informações e papéis para a viagem por estar longe do CCint-USP. A funcionária Gislene do DTA me ajudou muito nos trâmites. Era a primeira vez que moraria fora de casa e ainda em outro país. As dificuldades foram muitas, mas o aprendizado valeu a pena. A bolsa que recebi era pequena, então, tive problemas no lugar onde aluguei por primeira vez em Guadalajara, pois acabei assinando contrato por 6 meses, mas percebi que o dinheiro não seria suficiente e mudei, mas perdi 1 mês de fiança. Então fica a dica para quem vai pro México, prestar atenção nos contratos de aluguel e avaliar as finanças com antecedência. Os que alugam aos estudantes se aproveitam dos estrangeiros que não entendem aqueles contratos e não sabem como funcionam as coisas no novo país. Também se deve tomar cuidado com a comida.

Passei muito mal ao comer taco na rua e ainda fiquei mal do estômago quase toda a temporada. A própria médica que me atendeu disse que se preparam com pouca higiene as comidas no México e a gente que não tem as resistências de lá deve ter muito cuidado. Estar longe da família com estes problemas e ainda ter pouco dinheiro é difícil, mas a minha sorte foi contar com bons amigos que me ajudaram muito. Já tinha estado em Guadalajara em 2006, pois a tia de minha avó morava lá e então já conhecia muita gente. As mães de meus amigos me tratavam como filha. Os mexicanos são pessoas muito boas, humildes e acolhedoras. Fui tão bem tratada que os considero minha família. Na faculdade tive ótimos professores e por incrível que pareça entendia muito bem as aulas em espanhol. Fiz 5 matérias, sendo uma do mestrado da Universidad de GDL. O meu coordenador disse que os intercambistas geralmente pegam 2 matérias e que eu não conseguiria dar contas das 5. Minhas notas eram acima de 90 e fiquei com 96.30 de média geral. Estudei bastante, apresentei meu trabalho de iniciação científica realizada na EEL num Congresso em Veracruz, viajei ficando em casa de amigos, me diverti e aprendi muito sobre a vida, sobre mim e sobre o México.

Quando estive em 2006 conheci um rapaz, sobrinho de um casal que era amigo da minha tia-avó e gostei muito dele. Pensei que não fosse mais vê-lo e acabei conseguindo uma bolsa para estudar na cidade dele. Foi bom voltar a vê-lo, a família dele se tornou minha família, mas ele mesmo não quis continuar namorando, pois sabia que eu ia voltar depois de 6 meses e iríamos sofrer com a distância. Sofri bastante porque foi um namoro muito rápido e eu gostava muito dele, então, até nessa experiência aprendi bastante. As amigas que moravam comigo me deram muito apoio e com a ajuda dos amigos que me convidavam para viajar, sair, passear, fui superando. Quando somos intercambistas, nos sentimos sozinhos muitas vezes, carentes e quando nos apaixonamos nessas viagens é ainda mais avassalador porque sabemos que não vai durar. Muito sentimentalismo, não acha? Bem, recomendo muito o intercâmbio ao México e também aproveitar ao máximo cada momento e cada sentimento vivido na viagem. "


 

Nome: Luciana Costa dos Reis Cruz

Instituição: Universidad de Alicante, Espanha

Período: -

"Meu segundo intercâmbio foi para a Espanha em 2011, durante meu mestrado na EEL.

Ganhei uma bolsa Santander pelo CCint para estudar 1 ano de máster em Gestão Sustentável e Tecnologias de Água na Universidad de Alicante. Como estava fazendo mestrado na área de águas tinha a certeza que seria de extrema importância esta formação.

Foi difícil conseguir o visto para a Espanha, muitos documentos, antecedentes criminais, atestado médico que não tem doença, diploma da graduação, tudo tinha que ser reconhecido em cartório, legalizado por via diplomática e pelo consulado e traduzido de forma juramentada. Além de ter que comprar seguro médico por 1 ano e comprovar renda. Eram muitos gastos que a bolsa não cobria. As passagens também tinham que ser compradas por mim, e, além disso, quase não consigo o visto porque alegaram no consulado que a bolsa Santander era muito baixa. Meu avô teve que assinar uma carta dizendo que se responsabilizava por meus gastos, pois tinha que ser alguém que tivesse propriedades. Foi um sufoco, acabei perdendo 2 semanas de aula.

Quando cheguei corri atrás das matérias perdidas, tive dificuldades em entender o "verdadeiro espanhol" porque estava acostumada com o acento mexicano. Amiga de verdade mesmo só uma e era latina, panamenha. Os espanhóis não foram muito receptivos nem muito amigos. Diverti-me bastante com os companheiros de classe, pois o pessoal do máster organizava saídas para jantar e ir a baladas, mas eram diferentes dos mexicanos que ofereciam sua casa e sua amizade. Sofri um pouco com a falta do aconchego de família. Um ano vivendo num quarto de residência... Sorte que na Europa a gente pode viajar quando tem férias e feriados e minha amiga panamenha geralmente me acompanhava. Estudei bastante e tirei boas notas. No final do máster tínhamos que fazer um trabalho de pesquisa (dissertação) para defender e podíamos escolher em trabalhar em laboratório ou em empresa. Escolhi empresa, pois já havia feito iniciação e estágio em laboratório da EEL. Foi uma experiência muito proveitosa trabalhar numa empresa de águas com uma equipe muito profissional que me ensinou muito. Defendi com êxito meu trabalho.

Passei por um período difícil na Espanha, pois fui desligada do mestrado por minha orientadora da EEL que alegou que tive baixo desempenho acadêmico, o que é impossível. Minhas notas das matérias no mestrado eram as máximas, realizava todos os meus experimentos seguindo todas as normas técnicas, tinha bons resultados. Estava me saindo muito bem no máster que me permitiria levar muitos conhecimentos ao grupo de pesquisa do mestrado na EEL. Mas, infelizmente, a orientadora não soube aproveitar a minha capacidade e também não me valorizou. Fiquei muito triste em perder 1 ano de trabalho de mestrado, dedicado e bem feito. Tinha aprovado na qualificação e voltaria para dar continuidade com novos conhecimentos que com certeza enriqueceriam a dissertação da EEL. Depois percebi que não havia perdido, pois o conhecimento ficou comigo. Quem perdeu foi a EEL, que perdeu uma boa aluna que sempre honrou muito bem a EEL durante os estudos no exterior.

Acabei perdendo o interesse em fazer doutorado na EEL, na USP, no Brasil e aproveitando que fui convidada pela empresa que trabalhei a continuar realizando pesquisa com eles, me matriculei no doutorado na mesma Universidad de Alicante. Ano passado meu projeto de doutorado foi aprovado pela Capes para a realização de doutorado pleno na Espanha por 4 anos. Vou realizar outro sonho, fazer doutorado, e o melhor, com um grupo de pesquisa muito bom, que valoriza meu trabalho, em convênio com empresa que vai aplicar meu trabalho nas empresas de tratamento de efluentes. Com meu grupo de pesquisa, meu trabalho de máster resultou em artigo publicado na revista Talanta. Estou muito feliz em voltar à Espanha para realizar meu doutorado e reencontrar meu namorado espanhol que está me esperando."


Nome: Liz Blascovich

Instituição: University College Dublin, Irlanda

Período: Julho/2013 - Julho/2014

"Estive por dois semestres em Dublin, capital da República da Irlanda. Dublin é uma cidade muito acolhedora, por ser limpa, possuir um clima mais ameno do que outros países europeus e claro, pelo povo irlandês. Os irlandeses, além de serem extremamente educados e prestativos, são um povo muito festivo e por isso muitos brasileiros se identificam, sendo a comunidade brasileira muito grande em Dublin. Consequentemente, quando se tem saudade de casa é fácil encontrar um lugar na cidade que faça feijoada ou que esteja cheio de brasileiros tomando uma caipirinha. 

Frequentei a University College Dublin, uma das maiores universidades irlandesas, onde fui registrada no departamento de Ciências, o que me permitiu escolher dentre uma grande variedade de matérias. A UCD atrai um número muito grande de alunos estrangeiros e por esse motivo tive a oportunidade de conhecer pessoas de diversas partes do globo e isso me agregou muito conhecimento sobre outras culturas. Academicamente, além de poder praticar o inglês e aprender diversos termos técnicos, participei de formas de avaliação diferentes do que as que são aplicadas na Escola de Engenharia de Lorena, onde faço minha graduação. Na UCD os alunos têm que fazer muitos trabalhos em grupos, muitos projetos envolvendo diferentes ferramentas de multimídia, além de escrever ensaios e dissertações. Também tive acesso a novas tecnologias que já são mais difundidas na Europa do que no Brasil.

No geral foi uma experiência fantástica profissional e pessoalmente, que com certeza me fez crescer muito. Sou muito grata ao programa Ciência sem Fronteiras pela oportunidade que me foi dada."

 

 


Nome: Júlia de Góes Monteiro Antonio

Instituição: University of Illinois, EUA

Estágio (Academic Training): Cargill

Período: Agosto/2013 - Agosto/2014

"Em Agosto de 2013 eu embarquei para os Estados Unidos para estudar por dois semestres na University of Illinois, Urbana-Champaign. No começo eu tinha medo do que estava por vir, como iria me adaptar a nova cultura, como ficaria por um ano longe da minha família e amigos do Brasil. Mas em pouco tempo eu me adaptei ao novo ambiente. Eu acostumei a assistir a aulas em inglês, o que no início era muito difícil, pois alguns professores falavam rápido; acostumei a ter tarefas para entregar toda a semana; me acostumei a ficar longe de quem estava acostumada, e me apoiar nos que estavam ao meu redor; aprendi que existem meios de comer de forma saudável no país com maior índice de obesidade do país; aprendi nos cursos algumas coisas que não aprenderia no Brasil; fiquei fluente na língua inglesa; aprendi espanhol. 

Em Maio de 2013 eu tive a oportunidade de iniciar um estágio em uma empresa multinacional: Cargill, tendo contato com a minha área dentro de um ambiente de dinâmico no qual eu fui extremamente valorizada como engenheira e pude aprender muito!

Estudei, viajei, me adaptei a diferentes situações, conheci pessoas do mundo inteiro, conheci pessoas inesquecíveis! Me apaixonei pelo país, pela sua organização, honestidade, confiança, generosidade e educação daqueles que lá vivem!
Agora eu posso afirmar com toda a certeza que essa foi uma das melhores experiências da minha vida!"

 

 


Nome: Natalya Costa

Instituição: University of Tennessee, EUA 

Estágio (Academic Training): Amgen Inc.

Período: Junho/2013 - Agosto/2014

Tendo escolhido a University of Tennessee como a primeira dentre as três 
universidades-destino durante o processo de inscrição no programa, eu 
não poderia ter ficado mais radiante ao receber a carta de convocação 
para Knoxville. Eu havia conseguido a bolsa e mais, estava prestes a 
estudar na faculdade que eu havia escolhido como a melhor para mim.

Após um final de semestre adiantado em um mês, chegar em Knoxville 
(30/05/2013) foi uma das melhores sensações de dever cumprido que já 
senti durante meus - até então - 4 anos e meio de faculdade. A cidade 
era perfeita, campestre e desenvolvida ao mesmo tempo. Além disso, não 
tinha como não se apaixonar pelo campus da universidade: enorme, com 
prédios de engenharia totalmente equipados (Min H. Kao Electrical 
Engineering and Computer Science Building fora construído com uma verba 
de $37.5 milhôes), além de toda a infra-estrutura dos prédios 
dormitórios, biblioteca e áreas recreativas/esportivas.

Em Knoxville, cursei matérias da minha grade (Reatores Químicos, 
Controle e Análise de Processos e Polímeros), mas também tive a 
oportunidade de cursar matérias voltadas a Business, como Liderança e 
Gestão Organizacional, as quais foram de grande valia em minha 
entrevista para o estágio. Também cursei Lean Operations, cuja teoria é 
essencial para qualquer tipo de engenheiro. Dentre estas matérias, 
requisitei a equivalência de três obrigatórias (Reatores, Gestão da 
Produção e Controle de Processos Químicos), e já fui aceita nas duas 
primeiras, e no momento aguardo somente o parecer do professor de 
Controle.

A maior dificuldade foi sem dúvida a interação em sala de aula, pois os 
alunos americanos chegam antes do início da aula, não conversam muito e 
logo que a aula termina todos saem apressados para a próxima. E pelo 
fato do campus ser muito grande, às vezes era preciso pegar o ônibus 
para ir de um prédio para outro. Mas claro que como tudo em nossas 
vidas, essas dificuldades sempre estarão presentes em um período de 
grandes mudanças e consequentes adaptações.

Em meados do final do segundo semestre, fui entrevistada por um dos 
gerentes comerciais de uma das empresas na qual eu havia me candidatado 
para estagiar durante o verão. No mesmo dia recebi a notícia de que eu 
havia sido selecionada e então, na segunda quinzena de maio lá eu estava 
me despedindo dos amigos, da universidade e de Knoxville para então 
dizer "OLÁ!!!" para a California, local onde estagiei durante 3 meses.

Conseguir o estágio realmente não foi fácil, pois havia participado de 
diversas feiras de trabalho no próprio campus, onde cheguei a fazer 
entrevista para a Colgate & Palmolive. Além disso, eu e os demais alunos 
tínhamos acesso a uma plataforma específica para procura de estágio, e 
lá realizei inúmeras inscrições, e felizmente fui chamada para trabalhar 
na maior indústria de biotecnolgia do mundo - Amgen Inc - situada na 
cidade de Thousand Oaks, no estado da California.

Na Amgen eu era estagiária da área de Operações Comercias Globais, onde 
tive o imenso privilégio de desenvolver e implementar um projeto de 
Inteligência Competitiva na filial de São Paulo, ou seja, era um 
trabalho simultâneo entre EUA e Brasil, o que tornou o meu projeto muito 
mais gratificante.

Com a finalização do estágio, a sensação de dever cumprido foi ainda 
maior e a vontade/desejo/ OBJETIVO de voltar para lá e dar continuidade 
aos meus estudos (Mestrado, Doutorado e MBA em Gestão) só crescem com o 
passar dos dias. Apesar de ser muito feliz por estudar na melhor 
universidade da América Latina, fazer uma pós no MIT ainda não se 
compara com uma USP ou mesmo Unicamp (infelizmente).

Desculpe-me pela bíblia, e espero que seja de alguma valia ;)


Nome: Evaldo Messias do Carmo Júnior

Instituição: Norwegian University of Science and Technology, Noruega

Período: Agosto/2013 - Junho/2014

O ano que passei em Trondheim, Noruega, foi definitivamente o melhor ano da minha vida. Desde o meu retorno ao Brasil, tenho pensado se será possível viver outra vez um ano tão sensacional como aquele. Mas tento colocar isso como desafio, para sempre ter uma motivação em tentar viver tudo isso outra vez!!!

Em 06 de agosto de 2013, depois de uma viagem de mais de 35 horas, eu finalmente desembarcava na estação de trem de Trondheim, 500 km ao norte de Oslo. O primeiro passo era dirigir-me ao flat onde eu viveria com 3 noruegueses, Ingvild, Marianne e Marius. Eles eram pessoas muito boas, porém frias, como quase todos os escandinavos. Este foi, portanto, o primeiro desafio que eu enfrentava: morar com pessoas que sequer me davam bom dia.

Éramos apenas 9 brasileiros vivendo em Trondheim. No começo passávamos muito tempo juntos, principalmente pelo fato de os meus flatmates não se importarem muito comigo. Mas eu não tinha saído do Brasil para me relacionar apenas com brasileiros, então foi aí que tomei minha primeira decisão importante: me mudar e tentar constituir um novo ciclo de amizades.

Não falhei. Em 19 de setembro eu me mudava para outro alojamento, onde passei a dividir o flat com 3 outros estrangeiros que se tornariam grandes amigos meus: Jie (chinês), Erfan (iraniano) e Johannes (alemão). Em pouco menos de 1 mês esses 3 rapazes já eram mais que irmãos pra mim e o seus amigos passaram a ser meus amigos também.

A universidade era sensacional. A NTNU (do norueguês Norge Tekinisk-naturvitenskapelige universitet) é referência em pesquisa e tecnologia em toda a Escandinávia, destacando-se nas áreas relacionadas a tecnologias petrolíferas. Aproveitando-me de tal, cursei disciplinas voltadas para a área e não me arrependi. Aproveitei a oportunidade para cursar norueguês. Ao final dos dois semestres eu já conseguia me comunicar fluentemente nessa língua de base germânica, tendo adquirido certificado de proficiência nível B2. Ter encontrado uma namorada norueguesa ajudou muito no desenvolvimento da língua. ;)

Línguas, inclusive, foram minha grande conquista enquanto vivi na Noruega. Por me distanciar muito cedo dos brasileiros, fui forçado a usar apenas o inglês todo o tempo. Meu português limitava-se às vezes que falava com meus pais e amigos via Skype. Esse fator permitiu que eu aumentasse meu nível de fluência muito rapidamente.O norueguês no começo apenas engatinhava, é claro. Mas a partir do segundo semestre já era comum comunicar-me nessa língua, mesmo não sendo exatamente necessário. Qualquer norueguês (como exceção de crianças e os mais idosos) pode comunicar-se em inglês. Mas não fica por aí. No meu grupo de amigos havia muitos espanhóis, o que me motivou a estudar espanhol no segundo semestre. Em 4 meses eu já comunicava-me com todos eles apenas em espanhol e adquiri também certificação B2 ao final do curso.

Foram 362 dias de aprendizado diário. A difusão cultural era intensa e muito mudou minha percepção de mundo. Isso sem falar do país. A Noruega foi, COM CERTEZA, a melhor escolha que eu poderia ter feito. Um país extremamente desenvolvido, com belezas naturais de tirar o fôlego. Pude visitar muitos dos seus pontos turísticos e tive o privilégio de ver a olhos nus fenômenos como a Aurora Boreal, o Sol da Meia-noite e uma avalanche numa geleira permanente. Visitei o maior túnel automobilístico do mundo (24,5 km), o fjord mais comprido e uma pedra com 700 m de parede livre acima de um fjord. Fora ter esquiado, rolado na neve depois da sauna (3 vezes) e ter construído um boneco de neve de quase 4 metros! Mas sim, também estudei :) A faculdade ficava aberta 24 horas por dia e ficava a apenas 15 minutos a pé do alojamento. Eu gostava de estudar de madrugada, porque tudo era sempre tão calmo e eu podia tocar piano sem incomodar ninguém. Fora que era muito seguro andar a qualquer hora do dia e o frio já não era um mais uma barreira. A infra-estrutura da NTNU é convidativa para que você passe muito tempo na faculdade. Eram 7 campi, dos quais eu usava 3 (o das engenharias, o das ciência petrolíferas e o de idiomas). As aulas eram sempre curtas e espaçadas. Eles acreditam que aulas com mais de 45 minutos não atribuem nada adicional ao aluno (e eu concordo). O único problema disso era montar a grade, pois para cursar 4 ou 5 matérias por semestre era quase impossível que os horários não batessem. As provas eram difíceis, pois cobriam todo o semestre. A tensão foi grande no primeiro semestre, mas no segundo semestre eu já estava acostumado.

Contar mais da minha história deixaria este texto ainda mais longo. Resumindo tudo, classifico minha experiência como INESQUECÍVEL. As dificuldades foram poucas e a adaptação foi muito rápida. O que fica hoje é a saudade das pessoas maravilhosas que conheci e dos momentos indescritíveis que vivi. De tudo o que aprendi, aquilo que mais valorizo foi a disseminação cultural. Aprendi a respeitar e admirar culturas que antes julgava. Aprendi também a valorizar a minha, querendo, sempre que possível, também dissemina-la. 

Agradeço a Deus pela oportunidade conferida e à sociedade brasileira por permitir essa viagem. Espero um dia poder retribuir de maneira equitativa o investimento feito. Fica como desafio permitir que oportunidades como essa sejam ainda oferecidas às próximas gerações, para que um dia no Brasil esteja tão bem visto lá fora como merecemos.